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Conteúdo atualizado em 13.03.2024


Campus possui Comissão de Manejo de Animais

Luís Victorelli
11/07/2019

Campus possui Comissão de Manejo de Animais

Desde outubro de 2018, o campus USP de Bauru conta com uma comissão dedicada ao trabalho de manejo com animais que habitam e circulam por diversos locais internos e no entorno do campus. No momento, a população de gatos é a prioridade do grupo. A Comissão de Manejo de Animais do Campus USP de Bauru é composta por representantes das três unidades, PUSP-B, FOB e HRAC.

“Devido à presença de felinos ferais e errantes, priorizamos trabalhar com o manejo destes animais. As ações propostas são baseadas em experiências de outros campi, trabalhos acadêmicos e parcerias com a Prefeitura Municipal de Bauru, entre outras. Foi entendido que o controle populacional organizado é a melhor solução para o caso”, informa o arquiteto Vítor Locilento Sanches, chefe Técnico da Divisão de Manutenção e Operação da PUSP-B e presidente da Comissão.

Anteriormente à criação da Comissão, montou-se um grupo de trabalho com a finalidade de elaborar o diagnóstico da situação dos animais no campus, assim como desenvolver estudos de metodologias de manejo. Este grupo, além de Sanches, foi integrado pelos servidores Simone Berriel Joaquim Simonelli, Pedro de Araújo Filho, Paulo Roberto da Silva e Carlos Renato João. Os resultados apresentados por este grupo deram a base para os trabalhos atuais da Comissão.

Sanches lembra que o campus não é o local ideal para manter gatos. “A Universidade não possui estrutura para cuidar dos animais, a alimentação é custeada por voluntários que se sensibilizam com esses animais sem lar e aumentar a população local somente sobrecarregaria mais os custos dessas pessoas”. A recomendação da Comissão é que caso alguém encontre gatos, cães ou outros animais que necessitem de ajuda, estes deverão ser encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) ou à ONGs preparadas para ajudar a resolver situações de doença, abandono e até para futura adoção.

“É importante ressaltar que o grupo não completou um ano de trabalho e, segundo relatório realizado pela ESALQ-USP, a experiência de resultados em ação similar na Universidade da Flórida (EUA) levou 11 anos para ser considerada com sucesso. Então, acredito que obtivemos um bom resultado até o presente, mas que teremos continuidade no trabalho”, diz Sanches.

Entre os tópicos prioritários das ações da Comissão estão: abandono de animais, conceito de manejo, importância do CED (capturar, esterilizar, devolver), importância da alimentação coordenada e organizada, animais errantes e ferais (não domésticos). A organização de alimentação e a castração se mostraram eficientes, pois não foram observadas, até o momento, novas ninhadas como era frequente no Campus. Os alimentadores também não notaram aumento populacional.

“É importante ressaltar que a Comissão não é executiva, temos caráter de assessorar os dirigentes em decisões sobre a questão e colaborar com a definição de metodologias. O trabalho de alimentação, cuidados com água e captura dos animais para castração é feito por voluntários que já realizavam essas atividades antes da Comissão”, conclui o presidente da Comissão.

CONHEÇA MELHOR
Ações da Comissão de Manejo de Animais do Campus USP de Bauru


Alimentação:
Os interessados em alimentar os animais foram instruídos a concentrar a alimentação em pontos definidos pela comissão de manejo. Também orientados a apenas oferecer ração seca. Essa medida colabora para que sejam evitadas rações em locais que possam causar perigos aos animais e aos humanos (como em estacionamentos com risco de atropelamento, por exemplo). Além de manter o campus limpo a ação requer que os potes de água sejam limpos diariamente pelos alimentadores para evitar proliferação do Aedes Aegypti.

Castração:

Essa ação faz parte do conceito de manejo de felinos que é de “capturar, esterilizar e devolver” (CED). Essa metodologia é internacional. Para controlar os animais que foram castrados são feitas marcações na orelha (sem dor ou prejuízo ao animal), assim evita que o mesmo seja capturado mais de uma vez para castração ou, até mesmo entre em cirurgia já sendo castrado.

A castração evita a ocorrência de ninhadas e aumento populacional. A devolução ao Campus é devido ao instinto dos animais que não estão domesticados para aceitarem adoção. O número fixo de animais, sem aumento populacional, também faz parte do manejo de felinos, uma vez que são animais territorialistas e não permitem novos membros com facilidade.

As castrações são feitas com parceria entre a USP de Bauru e o CCZ, sem custo. Alguns animais também foram castrados por meio de financiamento coletivo dos alimentadores em clínicas particulares.

Informação:
Foram instaladas placas de aviso em edifícios voltados para a rua que alertam sobre a proibição em relação ao abandono de animais por conta da Lei Federal nº 9605/1998. A referida lei considera crime e pune com multa e detenção as pessoas que abandonarem animais em qualquer local.

Essa medida ajuda internamente a evitar abandono no campus, ao mesmo tempo em que alerta a população para essa lei que é válida em todo território nacional.

INTEGRANTES
Membros da Comissão de Manejo de Animais do Campus USP de Bauru


Prefeitura do Campus USP de Bauru (PUSP-B): Carlos Renato João, Luís Victorelli, Paulo Roberto da Silva, Pedro de Araújo Filho e Vitor Locilento Sanches (presidente).

Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP): Cássia Maria Fisher Rubira, Luís Carlos Silva, Marcelo Lima de Oliveira.

Representantes discentes, eleitos por seus pares, moradores do Conjunto Residencial Estudantil do Campus USP de Bauru (CRUSP).

Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC-USP): Helton Ismael Silva Atilio, Lavínia de Oliveira Ribeiro, Márcia Borges Sanches Rodrigues de Sá e Márcia Regina Rodrigues Regina.

Jornalista Luís Victorelli (MTb 21.656)
Foto: Denise Guimarães

 

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