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Conteúdo atualizado em 22.04.2024


Dengue: Aumento de casos inspira atenção no campus

Marianne Ramalho, Assessora de Comunicação da PUSP-B
04/05/2023

Dengue: Aumento de casos inspira atenção no campus

Bauru já contabiliza mais de cinco mil casos diagnosticados de dengue e seis mortes em decorrência da doença, de acordo com o Departamento de Saúde Coletiva do município.

Com esse quadro, o prefeito do Campus de Bauru, José Henrique Rubo está empenhado em minimizar o problema e conscientizar a comunidade universitária a respeito dos riscos da enfermidade, incentivando atitudes que resultem em sua prevenção.

Neste sentido, algumas ações já têm sido feitas, conforme aponta Vitor Locilento Sanches, arquiteto e chefe da Divisão de Manutenção e Operação (DVMANOPER), que informa que periodicamente o campus recebe a vistoria da Secretaria Municipal de Saúde com relação a focos de dengue.

Sanches explica que, às segundas-feiras, a Seção de Manutenção Geral (SCMANGER) da PUSP-B realiza rondas, circulando internamente e nas calçadas externas, procurando por focos e materiais que possam acumular água - desde folhas grandes até copos e sacos plásticos -, assim como é feita a limpeza periódica de calhas das edificações e canaletas.

Com relação ao papel da comunidade universitária, o arquiteto enfatiza que a preocupação deve ser diária e colaborativa, e ressalta que todos devem evitar jogar lixo em locais indevidos, tanto no campus quanto em casa.
 
Doença

A dengue é uma doença causada por vírus e transmitida por mosquito, também chamado de vetor. No Brasil, o Aedes aegypti é o mais importante deles (responsável também pela transmissão de outras doenças como Chikungunya e Zika), porém existem outros menos relevantes no país. Não existe dengue sem mosquito, então, o controle dos mosquitos é de vital importância.

Segundo o médico infectologista e professor do Curso de Medicina da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, Taylor Endrigo Toscano Olivo, trata-se de uma condição que pode ser grave e cujo tratamento é muito barato e simples: a hidratação, uma vez que não há medicação e nem alimentação específica que combata a doença.

A maioria dos casos se resolve em até quatro dias, com melhora progressiva e aparecimento de vermelhidão no corpo todo, lembrando uma alergia, inclusive com prurido (coceira).

Uma pessoa contaminada pode continuar transmitindo o vírus por até seis dias após o início dos sintomas, mesmo que já se sinta melhor e, portanto, o uso de repelente se mantém importante até o sétimo dia após o início da manifestação da doença.

Taylor afirma, ainda, que em relação ao campus da USP, é importante considerar que estamos diante de uma grande área dentro da cidade de Bauru, onde encontramos diversas oportunidades para o Aedes aegypti proliferar, já que a fêmea do mosquito é altamente adaptada ao meio urbano e pode voar por alguns metros, vindo inclusive de bairros vizinhos.

Além disso, um expressivo número de estudantes não reside na cidade e pode transportar em si o vírus de um local para outro, ampliando a cadeia de transmissão.

Sintomas

- Febre (baixa ou alta), com calafrios ou tremores
- Dores de cabeça, principalmente, ao redor ou atrás dos olhos
- Dor muscular e sensação de moleza ou fadiga
- Queda do apetite, podendo haver quadros de diarreia ou vômitos

Tratamento

- Hidratação – com ingestão de cerca de 4 a 6 litros de líquidos por dia para uma pessoa de 70kg e sem problemas de saúde.
- Evitar o uso de anti-inflamatórios como AAS, ibuprofeno, diclofenaco, nimesulide, naproxeno, prednisona ou prednisolona, dentre outros de mesma linha de ação.
- O uso de dipirona ou paracetamol é liberado, desde que respeitadas as doses orientadas, assim como medicações para alergias e náuseas.

Prevenção

- Descarte adequado de produtos que possam coletar água, como copos e pacotes de salgadinhos e outros alimentos
- Limpeza de ambientes, como áreas de manutenção, salas de aula e arredores, para reduzir criadouros do mosquito.
- Uso de telas em janelas e sua correta manutenção
- Uso de repelentes aplicados na pele, como spray, solução ou cremes


Sinais de alerta

Uma parcela das pessoas que não faz o tratamento adequado ou tem dificuldades para se hidratar corretamente pode apresentar sinais de alerta, como sangramentos no nariz ou gengivas, ou mesmo na pele (petéquias), dor forte na barriga, sonolência excessiva ou coração acelerado, com posterior queda da pressão.

Neste caso, é muito importante procurar atendimento, pois a hidratação correta recebida de forma endovenosa pode reverter rapidamente este quadro.

Já pessoas com problemas de saúde - tratamento para diabetes, hipertensão, coração, imunossuprimidos por uso de medicações e pessoas com câncer - devem procurar atendimento mesmo que não apresentem sintomas mais importantes.

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